Homem brilhante em todas as areas pelas quais incursionou ,ainda nao era realmente conhecido como,merecidamente, o e hoje. E ,da mesma maneira que todos nos mortais , passou por algumas situacoes engracadas relacionadas a este tal negocio complicado, que ninguem define direito o que e: a fama.
Dividimos um apartamento de hotel em Paris ,certa ocasiao,quando o Corpo apresentava na cidade trabalhos com duas trilhas suas: " Nazareth" e "Parabello"( esta em parceria com Tom Ze) e ,como o Theatre Champs Elysees fica no eixo das maisons chiques parisienses, a celebre Avenue Montaigne, eu vivia chateando-o, dizendo-lhe que deveriamos fazer um tour pela Dior, Chanel , e todas as outras marcas famosas que estavam logo ali na nossa vizinhanca. Exatamente ao lado da entrada dos artistas fica a Maison Valentino e talvez por passarmos em frente a loja toda hora,em uma de minhas provocacoes ele me disse: " Sabe que eu conheco o Valentino?" E me contou a historia que ilustrava perfeitamente os vaticinios cosmicos que, ate entao, nos estavam reservados com relacao a inatingivel notoriedade. Certa vez chegou em NY e foi do aeroporto diretamente ao local onde Caetano se apresentava para assistir ao seu show, razao principal de sua viagem. Apos o espetaculo, havia uma festa da revista Vanity Fair e Caetano e Paula ,que eram convidadissimos,tanto insistiram que levaram-no com eles, a bordo de um casaco emprestado ali na hora. Era festa de tapete vermelho e tudo e todas-mas todas mesmo-as celebridades estavam la, incluindo Monsieur Valentino ( jogando sinuca com Bianca Jagger?Acho que era isto). Mas o barato adicional da noite eram umas mocas orientais que,fazendo "bico" ali naquela noite como garconetes, exibiam gestos coreograficos ,complicados e sensuais , com os bracos e as maos, antes de servir o champagne na "flute" dos convidados. Nosso heroi, a estas alturas, ja se considerava mais um entre tantos eleitos dos deuses ali presentes e estava completamente embarcado nas perigosas aguas da gloria quando,pior do que uma golpe desferido por uma exotica espada japonesa de samurai, escutou ao seu ouvido, bem baixinho,uma pergunta feita por uma daquelas garotas de bandeja na mao, na verdade sua ex- aluna de literatura: " O senhor nao da aula la na USP?" Pano rapido, fecha-se a cortina e acendem-se as luzes:
"Sic transit gloria mundi"

Posted using BlogPress from my iPad
Location:Vila del Rey
Uauuuuu!!!!
ResponderExcluirOI, NANDO,
ResponderExcluirGOSTEI DA ALUSÃO AO PEDIGREE !
VOCÊ MELHOROU ?
ESTA RESPOSTA É UM TESTE.
BEIJOS
DENISE