sábado, 13 de novembro de 2010

Todo cuidado é pouco

Alguém aí já teve como amigo um poderoso banqueiro ou pelo menos conviveu com algum? Se não, pelo menos já encontrou uma , duas ou três vezes com algum destes senhores? Eu já, e posso lhes dizer que é uma complicação danada, um aparato de blindagem para nenhum ditador do terceiro mundo botar defeito.
Uma vez em São Paulo, lá pelas tantas da madrugada, saindo de um jantar em casa de um amigo em comum, fui colocado em um carro com seguranças atrás do carro principal, onde se encontrava este tipo de vítima em potencial. Como me sentei na frente, puxei conversa com o motorista- moço simpático, lá pelos seus trinta, trinta e poucos anos- como sempre faço quando estou num táxi ou no carro de alguém desconhecido. Conversa vai, conversa vem e ele foi me contando sobre o seu emprego e o treinamento a que tinha sido submetido durante anos na Legião Estrangeira ,em Marselha, a fim de ocupar este cargo de tamanha responsabilidade. O nome desta, digamos, agremiação, me soou familiar mas - completo idiota- continuei encantado com a narrativa pedindo cada vez mais detalhes : murros , pancadaria e violência de todo tipo , alguns países africanos invadidos , nada me fazia desconfiar que havia alguma coisa terrivelmente errada ( seria alguma coisa na bebida?Falência completa dos neurônios?) Tanto perguntei e tanto ele se entusiasmou que acabou me explicando com detalhes a sua principal arma contra o Mal que tocaiava seus ricos empregadores: uma técnica de vigilância aprimorada, através da qual era capaz de olhar para todos os lados ao mesmo tempo, inclusive para cima (o homem era um verdadeiro periscópio). Por causa desta falação toda o pior desastre aconteceu: nos perdemos do carro à frente e dentro dele o patrão pelo qual ele, coitado, havia sofrido todos estes anos. O cara entrou em completo desespero e até hoje não sei como não me liquidou ali mesmo com suas próprias mãos assassinas. Chegamos finalmente ao hotel vários minutos depois da comitiva principal, tempo suficiente para ter acontecido mais ou menos uns onze ou doze tranquilhos sequestros .Meu amigo que estava comigo e ficou calado durante todo o trajeto, quando descemos do carro me falou indignado: " Pô, qual é a sua? O cara é mercenário e você dando papo, cumprimentando ele pelo sucesso na profissão? Você enlouqueceu"? Juro por tudo quanto é sagrado, foi só aí que a ficha caiu: eu confundi sua dramática e heróica história com uma série que eu assistia na TV, ainda menino,sobre uma fictícia divisão do exército britânico a serviço de Sua Majestade, na Índia( exceto em ocasiões especiais, igualmente vestidos em um uniforme caqui,quepe e um lenço na parte de trás da cabeça). Feliz da vida, o tempo todo acreditei estar conversando com um legítimo herdeiro dos inesquecíveis "Lanceiros de Bengala".
PS- se tivesse contado este caso à minha avó Anita ela ,certamente, teria perguntado aqui neste final : " Mas e o rapaz, perdeu o emprego"?




Os Lanceiros em seu uniforme de gala, pouco adequado para um segurança em São Paulo.





www.fernandovelloso.com.br

Location:Vila del Rey

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Acredite se quiser

Oscar Wilde dizia que só uma pessoa superficial não julga pela aparência. Porém,há quem engane mesmo um juiz experiente.Eu, por exemplo, consigo ainda que sob uma avaliação criteriosa passar por um sujeito refinado. Quem me conhece de perto,entretanto, sabe que ,ao contrário,lá no meu recôncavo baiano tenho um gosto absolutamente comum.
Em matéria de gastronomia adoro tudo quanto é prato gratinado , salpicão ,maionese, e se bobear ainda acrescento uma farofinha nisto tudo.Acho laranja gelada na praia a melhor coisa do mundo e pastel de queijo com cerveja gelada eu encaro em qualquer lugar, mesmo que seja no colo da rainha da Inglaterra. Macarrão com tutu de feijão então eu acho o paraíso. Não entendo de vinhos e não giro a taça várias vezes para arejar a bebida como é de praxe entre os finos apreciadores.Detesto talheres para peixe e me recuso a usá-los.O gosto musical vai pelo mesmo caminho e minhas gravações são verdadeiras penteadeiras de puta,tem" de um tudo": Verdi a Roberto Carlos( sem sertanejos por que aí também já é sacanagem). O que eu posso fazer? Eu gosto da misturada, sem "estilo" definido. Escuto Amy Winehouse e logo depois me derreto com "Nem as paredes confesso" na voz de Amália Rodrigues. Minha cabeça é uma zona e , com certeza, tenho um pé lá também. Não resisto a uma feirinha vendendo badulaque : vou lá xeretar pra ver se compro alguma coisa ,sabendo que jamais saberei o que fazer com ela.No cinema já fui um especialista em filme B, pós -graduado em épicos, PHD em Maciste. Se fosse mulher eu seria uma perua feliz, não queria nem saber de discreção e muito menos de bom gosto : estaria coberto de brincos , pulseiras, anéis, colares e o diabo a quatro, da cabeça aos pés.Adoraria. Maquiagem farta , roupa justa ( só perfume doce é que não dá, nem reencarnando sete vezes),arriscaria até blusa de onça tomara-que-caia ou de um ombro só com corrente dourada para um lanchinho de tarde com as colegas, com direito a coxinha com catupiry e bombom de nozes( ou de uva?) Céu! Vou pro inferno por nunca ter lido Grande Sertão Veredas mas lá certamente encontrarei na ala vip com ar condicionado e caipirinha, Sidney Sheldon e Harold Robbins, meus amigos na adolescência.Sou fã de musical da Broadway ! Sonho com um carro conversivel, daqueles chamativos de dois lugares, que qualquer pessoa na meia idade com um pouco de discernimento acharia impróprio : uma manisfestação tardia de exibicionismo ou problema sexual mal resolvido.Falo demais e raramente consigo ser discreto sobre "aqueles" assuntos que as boas maneiras indicam ser melhor não se conversar a respeito.Uma lama.
De noite,às vezes, cubro a cabeça ressaqueado e me consolo com a elegância de Adélia Prado:
"A coisa mais fina do mundo é o sentimento".


www.fernandovelloso.com.br

Location:Vila del Rey

sábado, 6 de novembro de 2010

Uma biblioteca cosmetológica ( sugestão para mudar a cara do mundo)



Quando vi em um spam caído na minha caixa de correio a propaganda de um shampoo com o sugestivo nome de Esperança ( que promete uma abundante cabeleira a quem se arriscar a usá-lo), fui tentado pela idéia de que se poderia lançar no mercado um pout-pourri de produtos de beleza portadores de miraculosas possibilidades, uma espécie de Caixa de Pandora cosmetológica , repleta de enganadoras promessas de rejuvenecimento. Mais tarde,pensando melhor,achei que uma pequena " necessaire" associando literatura a algumas peças básicas essenciais à aparência estaria mais coerente com esta época de textos curtos, triturados e digeridos pela internet, onde quase ninguém mais se arrisca a pegar em um livro.A máscara da Cultura falsamente exibida sobre a pele me pareceu uma solução rápida e fascinante para a falta de conhecimento contemporânea Para as moças ,por exemplo, poderíamos sugerir um blush " Jane Austen" que lhes daria, através da cor rosada, um certo ar de timidez,pudor ou acabrunhamento que, por ser tão raro hoje, se tornaria incrivelmente atraente. Razão, sensibilidade, orgulho,preconceito? Bah, sem o recurso da maquiagem ninguém tem mais tempo para estas sutilezas que antes transpareciam ,naturalmente,no rubor das maçãs do rosto das donzelas do século dezenove.Batons " Anais Ninn" em lábios que buscam o homem sensível, em lugar de beiços inchados de silicone.Bocas femininas convidando ao prazer sem culpa em vez próteses dignas de exóticos peixes de aquário.Fórmula restauradora" Henry James",propícia para senhoras a serem em breve retratadas ou governantas esgotadas por questões de ordem espiritualista. Sombra para os olhos " Juliette Greco": existencialista, a pálpebra boêmia fornecendo à visão o sombreamento necessário para enxergar a vida em todas suas inúteis nuances.Para a praia loção hidratante "Iris Murdoch" que lhes permitirá, sem danos à cútis , contemplar o mar, o mar...
Para os cavalheiros, fixador de cabelos, loção após barba e desodorante? Nada disso.O homem hoje é metrosexual e usa dos recursos do embelezamento tanto quanto a mulher. Portanto, base discreta para corrigir manchas de pele" Philip Roth",o eterno animal agonizante, e creme para rugas" Ian Mc Ewan", especialista em reparação, a ser aplicado sómente aos sábados. Máscara reparadora de lama, embalada em caixa preta, diretamente dos kibutz de Israel," Amós Oz", fator de proteção sessenta para dias de sol desértico.E claro, a espuma dos dias " Boris Vian" capaz de proporcionar uma efêmera maciez ao seu barbear .
Não, nenhum destes items de minha hipotética cesta básica ocasionaria qualquer mudança no intelecto de seus usuários: só aquela epidérmica aparência, uma superficial e nostálgica ilusão de que o mundo devidamente maquiado , poderá parecer não tão ignorante assim.
Para mim ,que ando pouco vaidoso, só Esperança nos couro cabeludo desiludido, com a garantia de que jamais entrará,nocivamente,pela minha cabeça adentro .

www.fernandovelloso.com.br






Sábado, o melhor dia para se usar o creme anti-rugas "Ian Mc Ewan".




Fórmula "Henry James": infalível rejuvenecimento às vésperas de um retrato.

Location:Vila del Rey

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Impróprio para menores

De vez em quando é preciso que se dê nome aos bois: Pedro Pederneiras além de ser uma criatura adorável é um péssimo companheiro de quarto. Consegue ser mais bagunceiro do que eu( o que é um fato notável), acende a luz com a gente dormindo quando chega tarde do restaurante , liga a televisão até pegar no sono e dorme com ela ligada.
De todas as noites em que dividimos um quarto durante as tournées do Corpo, uma em especial foi muito divertida.O ritual foi o de sempre mas desta vez ,zapeando a TV, ele se deteve em um canal pornô. Um calor dos diabos, nós em um hotel em Paris que, como a grande maioria nesta cidade, tinha calefação mas não ar condicionado. Na telinha aquela peleja habitual: a imagem ruim em preto e branco mostrava uma loura de costas para os telespectadores sentada em cima de um homem deitado; ela subindo e descendo, gemendo como se estivesse num êxtase venéreo, fingindo gostar daquilo que mais parecia uma nova modalidade de ginástica aeróbica praticada com o seu "personal".Meu companheiro,impávido, parecia estar apreciando a coreografia ou, pelo menos ,achando-a monótona o suficiente para puxar o sono. Estes filmes, graças ao treino dos profissionais envolvidos na labuta ,demoram muitas horas a mais que um simples mortal conseguiria resistir neste embate corpo a corpo.E assim o tempo foi passando. O engraçado era que eles não mudavam de posição, como é de costume: a moça cavalgando no maior galope e o moço lá parado,tentando fazer uma expressão de doce deleite. Só que ,de repente, a genitália da moça, silhuetada, começou a se mexer e eu levei um susto danado; abaixava, ia pro lado, uma coisa sensacional! Mas , como assim, muda de posição e despenca? me perguntei estupefato .Longe da minha praia , fiquei encolhido como um coelho vendo ,pela primeira vez, algo novo e fascinante sobre a anatomia feminina. Morri de vontade mas, com medo da reação, nem cogitei em pedir para o meu amigo me explicar o fenômeno que estava se passando ali bem na nossa frente. E geme , e suspira , e sobe, e joga a cabeça pra trás e aquele negócio que não acaba nunca e os dois patetas, madrugada adentro, acordados e sofrendo com a temperatura de verão. Entregue em um estado de torpor semi-comatoso , já estava resignado com meu destino, no que fui ,miraculosamente, salvo pelo gongo ( ou algo bem semelhante)quando o Pedro gritou: " pu(#%?€£)ta que o pa(&@"£¥€)riu!!! É um homem!!! Que alívio, meu Deus!!! Estava tudo explicado.Diante desta visão cósmica , transcendental e esclarecedora apagamos a luz e fomos dormir, ele danado da vida. Eu no escuro pensei antes de fechar os olhos: " Ora,vejam só, bolas!"





A TV, após o dilúvio.



Location:Vila del Rey

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Morte na boate gay

Há três maneiras, pelo menos, de não se deixar abater por uma boate gay e a mais eficiente delas é, sem dúvida, ser heterosexual. Se não é este o seu caso, escute meus conselhos: vá com uma turma divertida, fique bêbado ou assista a um filme que, mesmo sendo muito chato, livrará você de coisa pior. Como não tive escapatória, optei pelo último item.
Estávamos acabando um ótimo jantar, destes em que se bebe muito e depois do café se sonha com uma boa cama no hotel , dentes escovados, abajur e um bom livro, quando um convidado , a quem por amizade e dever profissional eu estava ciceroneando no Rio, me disse : hoje é sábado e, como você havia me prometido, nós vamos a uma boate gay. Le Boy ( eu sabia) aqui vamos nós, às duas e meia da manhã.Chegamos,descemos uma escada e antes de chegarmos ao seu final meu acompanhante arrancou sua camisa, girando-a no ar como em um rodeio , e exibiu uma invejável barriguinha sob "aquela" camiseta de alças, tipo marinheiro.O impacto foi rapidamente absorvido em função da cena seguinte:contratados pela casa , numa relação explícita de custo-benefício, havia um bando de homens nus perfilados sobre o balcão do bar acometidos de um priapismo pudico,coberto com uma toalha de rosto ou coisa que o valha.Mais adiante a pista de danças, ponto central de tudo, picadeiro onde fantásticas contorções aconteciam após os "dançarinos" terem ensaiado por alguns minutos, a sós, nos espelhos ao lado. E eu lá, entediado, de vez em quando espiando meu hóspede na pista de danças tal e qual um John Travolta tardio.De repente, não mais que de repente , um milagre: no telão negro que cobria o palco ( naquela noite desativado ) vi três letrinhas luminosas no canto esquerdo superior que me pareceram ,naquele momento, a salvação eterna: HBO. Louvado seja, era um telão!!! Como nada é perfeito - e aquele lugar parecia ser a prova máxima disto- o filme era ..." O Senhor dos Anéis"! Meu Deus! Como assistir ( ainda que só a primeira parte) aquela saga interminável cheia de seres fantásticos com orelhas enormes apontando para cristas na cabeça, fadas benignas morando em casas com floridas treliças brancas e intraterrenos, todos dialogando sem som acima de uma multidão dançando freneticamente? Fiquei pensando: será que Tolkien, o autor do livro, era gay e sua história, na verdade, uma propaganda subliminar?Estaria Peter Jackson,o diretor, fazendo através de uma metáfora, proselitismo a favor das minorias sexuais , uma espécie de manifesto cinematográfico pró Organização para Libertação dos Gays Medievais? Seria Frodo um homosexual enrustido ou um pré-adolescente vítima de pedófilos barbudos de camisolão,daqueles que soltam raios com o bastão?Quem sabe eu ,equivocadamente,estaria em mais um "espaço cultural alternativo"? Atormentado por estas dúvidas passei, desde então, a reconsiderar estes clubes noturnos, atribuindo-lhes uma inesperada função pedagógica ( argh!). Fiquei até com vontade de voltar lá uma outra vez e pedir ao proprietário que passasse, noite após noite, todos os meus filmes preferidos a fim de tentar descobrir neles uma nova leitura e uma mensagem oculta. Já pensou " Morte em Veneza" de Visconti exibido ali? Por uma razão ou por outra, aposto como a pista ia ficar vaziinha.




A platéia , concentrada, durante a sessão de "O Senhor dos Anéis"



Location:Vila del Rey

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobrevivência na Amazônia: uma questão fora de moda

Lá fora um calor de trinta e cinco graus ( ameno para a região) mas ela, beneficiada pelo ar condicionado , montou em seu quarto uma mesa e uma arara com suas roupas da grife Maria Bonita em linho e seda - vinte e seis quilos para ser mais exato, como pude verificar ao pesar sua mala no check-in de volta- e estava satisfeita da vida passando-as quando chegamos ao hotel para encontrá-la.
( o cenário é o Hotel Tropical de Manaus onde estive por uns dias com um grupo de amigos , todos ali pela primeira vez, para conhecer a floresta amazônica).Para estes poucos dias que passamos lá, nossa amiga , muito chic, achou adequada esta singela coleção que ,além de ter sido confeccionada em materiais leves, tinha uma sutil gradação de tons do rosa seco ao branco. E foi usando uma composição feita de sobreposições de algumas destas peças, acrescida de um chapéu tipo explorador em palha finíssima que eu havia lhe dado há muitos anos atrás e que usava pela primeira vez, que embarcou junto ao resto do grupo em uma voadeira que aluguei para passearmos pelo rio, mata adentro. Curiosa que é, e fascinada pela magnífica paisagem, postou-se bem à frente da pequena embarcação, tal qual uma elegantíssima carranca , disposta a não perder nada.Lamento informar que não foi uma idéia feliz: o Rio Negro, cor de Coca-Cola, estava transbordando, jogando muito água e alguns peixes dentro do nosso barquinho que, como o nome indica, é rasinho a fim de deslizar mais rapidamente. Quinze minutos e algumas centenas de metros depois, estávamos todos encharcados e a nossa figura de proa gritava ,como ela mesma costuma dizer, num misto de horror e fascínio: "Eu estou ensopaaaada!" Meu amigo americano achando muita graça na situação, mas ao mesmo tempo preocupado, queria muito saber o que significava aquela palavra tantas vezes repetida e se,por acaso, indicava alguma coisa grave: ensopada. Daí pra frente a história não melhorou muito pois teve índio na canoa trazendo sucuri negra de onze metros mais alguns bichos-preguiça para impressionar a nós , turistas, um pouco antes de encalharmos em um igarapé, onde fomos gentilmente informados pelo barqueiro- com um senso de oportunidade extrordinário- ter sido aquele exatamente o local de filmagem de "Anaconda", aquela história onde o tamanho da cobra é inversamente proporcional à qualidade do filme. Voltamos "pra casa" literalmente exaustos, maltrapilhos e molhados.Vencida pela Mãe Natureza- insensível aos caprichos da moda- toda aquela soma de texturas e tonalidades da roupa que antes enfeitara por alguns instantes apenas nossa aventura ,tinha se transformado em uma massaroca só.
As expectativas foram saciadas: o Amazonas e sua floresta são magníficos e implacáveis.Todavia, o que nos marcou e ajudou a tornar a viagem de nosso acompanhante estrangeiro inesquecível, foi o nosso transtorno pluvial e a palavra que jamais deve ter sido dita outra vez mas que, tenho certeza, estará para sempre em sua memória ; ao passar pela polícia federal rumo aos Estados Unidos, ele de lá gritou: "Ensopada!!!!"




Nosso quartel general em Manaus




O Amazonas e sua floresta: invencíveis.


Location:Vila del Rey